Os cafés produzidos pelo Campo das Vertentes são, a maioria, processados em secagem natural (com a casca) e tem como perfil sensorial:
notas de melaço de cana,
doce de leite,
frutas amarelas como pera e damasco.
Três palavras que podem definir bem o café desta região são:
Terroir é uma palavra de origem francesa que remete aos fatores naturais, processuais e humanos que interferem, principalmente, no resultado da produção de vinhos. Essa palavra também é utilizada no universo dos cafés especiais. Aspectos específicos, como altitude, umidade e temperatura das regiões de plantio interferem diretamente do resultado final dos sabores encontrados na xícara.
O índice de chuvas anual chega a superar 1600 mm.
A maior parte das terras do território encontra-se nas faixas de altitude entre 900 e 1000 metros, que perfazem 43% da área total. Quase 30% da região conta com altitudes entre 1000 e 1100 metros.
Temperaturas médias anuais de 16,8 a 19,4 oC. Clima ameno, com temperaturas que chegam a graus negativos durante o inverno, além da presença de serração ao amanhecer.
Conhecer essas características, bem como os processos utilizados, contribui para uma melhor avaliação e reconhecimento, sobretudo por aquilo que destaca determinada região com relação ao que lhe é uma combinação exclusiva, conferindo-lhe identidade.
No Campo das Vertentes, um terroir privilegiado reúne um clima ameno (sobretudo para a produção de cafés do tipo arábica), além de condições de excelente altitude e relevo.
Os fatores humanos, envolvidos na paixão centenária pela cafeicultura, também são fundamentais. Grandes líderes cafeicultores perceberam o potencial produtivo da região e investiram nos cafés especiais. O lado humano, associado à riqueza natural, resulta em cafés do mais alto gabarito.
ARARA
ARARA
Originado por cruzamento natural entre Obatã e, provavelmente, com Icatu ou Catuaí amarelo, essa cultivar possui bom vigor, resistência à ferrugem e porte baixo. Seus frutos são amarelos e sua maturação é tardia. Possui aroma perfumado de rosas e lavanda. FONTE: REHAGRO
ACAIÁ
ACAIÁ
É uma seleção do Mundo Novo, possui os frutos maiores, com bom desenvolvimento vegetativo mesmo em solos menos férteis, a linhagem mais indicada é Acaiá Cerrado MG 1474. Essa cultivar é de porte alto, maturação média, com frutos graúdos de coloração vermelha, além disso essa cultivar é muito boa para colheita mecanizada. FONTE: REHAGRO
CATUAÍ
CATUAÍ
Proveniente entre um cruzamento artificial entre Caturra e Mundo Novo, as linhagens mais plantadas de Catuaí são o 144 e 99 com frutos vermelhos e as linhagens 62 e 32 com frutos de coloração amarela. Essa cultivar apresenta porte baixo, o que resulta em facilidade na colheita e nos tratos fitossanitários, bom vigor vegetativo, bom sistema radicular, alta longevidade e sua maturação é tardia. Essa cultivar exibe maior tolerância à ferrugem se comparadas à cultivar Mundo Novo. Atualmente essa cultivar é muito plantada. FONTE: REHAGRO
CATIGUÁ
CATIGUÁ
Proveniente de um cruzamento artificial entre cafeeiro da cultivar Catuaí Amarelo e uma planta Híbrido de Timor, essa cultivar apresenta porte baixo, alto vigor vegetativo e maturação intermediária. Ela também possui resistência à ferrugem e ao nematoide das galhas da espécie Meloidogyne exígua. FONTE: REHAGRO
ICATÚ
ICATÚ
O Icatu foi obtido a partir de uma hibridação entre um cafeeiro canephora e uma planta do cultivar Bourbon Vermelho, realizada em 1950 no IAC em Campinas/SP. Trata-se de um cultivar de porte alto e muito vigoroso. A bebida apresenta elevado aroma amendoado e sabor marcante de caramelo e nozes. A acidez é mediana e apresenta-se como um café suave e extremamente saboroso. FONTE: REHAGRO
TOPÁZIO
TOPÁZIO
Cruzamento por sucessivas gerações de Catuaí x Mundo Novo, a cultivar Topázio possui porte baixo, com boa produtividade e bom vigor vegetativo, não exibindo depauperamento precoce após elevadas produtividades. Tem-se notado melhor resistência a condições de déficit hídrico e uniformidade de maturação dos frutos. Essa cultivar possui frutos amarelos, sendo os mais plantados Topázio MG 1189 e 1184. Possui notas de frutas amarelas, tropicais e doçura de mel. FONTE: REHAGRO
MUNDO NOVO
MUNDO NOVO
Cruzamento por sucessivas gerações de Catuaí x Mundo Novo, a cultivar Topázio possui porte baixo, com boa produtividade e bom vigor vegetativo, não exibindo depauperamento precoce após elevadas produtividades. Essa cultivar possui frutos amarelos, sendo os mais plantados Topázio MG 1189 e 1184.Notas Sensoriais: sabor de chocolate, caramelo, cacau e nozes. Acidez cítrica, com corpo denso e finalização longa. FONTE: REHAGRO
CATUCAÍ
CATUCAÍ
Proveniente de um possível cruzamento natural entre Catuaí e Icatú, essa cultivar apresenta bom vigor. Seu porte é de médio a baixo e pode apresentar frutos vermelhos ou amarelos. O Catucaí 2 SL é bem plantado, sendo altamente produtivo, no entanto, é muito exigente em nutrição, não tolera atrasos nos tratamentos nutricionais e também sanitários, dessa forma, pode depauperar facilmente. FONTE: REHAGRO
BOURBON
BOURBON
De porte médio a alto, essa cultivar possui frutos vermelhos ou amarelo, com excelente qualidade de bebida, dessa forma, ela é sempre lembrada e preferida por quem busca cafés de qualidade, no entanto, ela não é uma cultivar muito rústica, se depauperando muito fácil dependendo do manejo e além disso, é altamente suscetível a ferrugem, por isso deve-se ter atenção em seus tratos culturais. Sua maturação é super precoce, fato importante para o escalonamento da colheita nas propriedades. FONTE: REHAGRO